quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sagração do Amor Sincero

    Essa é uma canção curiosa primeiro pelo fato de ter sido feita em um balcão de boteco e nunca ter sido revisada, segundo pela quantidade de parceiros, e juro, todos participaram, terceiro pela temática mais fuleira, sim, ela é inspirada nos romances de fuleragem. Estavamos nos preparando, eu, Memeu Cabral, Juá de Casa Forte e Eder Fersant, para a passagem de som do show QÜÊBA, do meu amigo poeta Régis de Oliveira, no Teatro Vasquez de Mogi das Cruzes. Nos preparando daquele jeito, assistindo o campeonato europeu de futebol e tomando São Francisco.
    Eder, rabequeiro e artesão, poeta e pseudo-bahiano, estava na dele quando do cimo do meu entusiasmo propus que eternizassemos aquele dia com uma composição.
   Dia bom.

SAGRAÇÃO DO AMOR SINCERO
(Meyson, Eder Fersant, Memeu Cabral, Juá de Casa Forte)


Subi na burra \ descampei lá pru espaço
imaginando que era baixo \ eu desci cai na lua
no mei da rua \ debulhei o meu compasso
tirei de baixo do braço \ dois ovos de tartaruga

e minha burra nunca mais eu vi
minha burrega nunca mais eu vi
os meus amor nunca mais eu vi
minha burrinha nunca mais eu vi

lembro da burra \ passeando pelo shoping
trupegar de ôi trocado \ de cumê um baseado
burra bunita \ burra preta e prateada
era assim meio encarnada \ meio azul mei amarela

e minha burra nunca mais eu vi
minha burrega nunca mais eu vi
os meus amor nunca mais eu vi
minha burrinha nunca mais eu vi

cheia de estrelas \ de bandeira e de bordado
no pescoço um candeeiro \ em cada pata uma chuteira
na mamadeira \ eu criei aquela bicha
burra da bichiga-lixa \ minha burra em qual estrela

e minha burra nunca mais eu vi
minha burrega nunca mais eu vi
os meus amor nunca mais eu vi
minha burrinha nunca mais eu vi




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Eder

Memeu

Juá

Régis


São Francisco





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